segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

August Rush Trailer (2007)

Uma sugestão para estes dias frios... um filme sublime que invade todos os nossos sentidos e os nossos sentimentos

domingo, 30 de novembro de 2008

Deixa o Verão

Com a chuva, apetece o calor que o verão promete....

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tremble - Lou Rhodes

Grande Inspiração... quase vinda dos céus

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Inauguração do Outono

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Mariza

terça-feira, 16 de setembro de 2008

wish













Be careful what you wish for,cause you just might get it all

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Quando o silencio cria...
















Sei que aqui não escrevo já algum tempo... mas queria uma razão forte para o fazer. Um sinal que me arranca-se do verão directamente para o meu teclado, o que pedi realizou-se sendo abençoada pelo eco do silêncio de um espaço que merecia tanto.
Existem pequenas coisas no nosso dia a dia, que se nós lhes prestarmos a devida importância, elas retornam a nós com ainda mais força. Assim foi ontem, depois de uma tarde de trabalho trauteada por letras e rascunhos fui tirar umas fotocópias.
Qual não foi o meu espanto que quando me dirigi ao senhor que me iria atender, sempre como meu ar a "mil e quinhetos" fui calada com apenas um gesto...o gesto de que não me conseguia ouvir nem me responder...esboçou um sorriso ao mesmo tempo que eu...entendendo que a verdadeira beleza de viver é a amarmos com toda a nossa força...
Esta foi a mensagem do senhor fotocopiador que mesmo sem ouvir e sem falar, pintava no seu rosto mil alegrias e uma vontade magnifica de viver... a ele só tenho mesmo que lhe dizer - o meu sincero obrigada!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Uma noite fria quase branca....















O frio pode trazer no vento a coincidência do destino...e quando reparamos, ali está a nossa vida...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Se o tempo nao fosse devagar...
























Falam-me do tempo devagar! Da forma da lua sempre a brilhar na fantasia de um lago em que ela se quer espelhar!
Que fantasia é esta que nos diz que o tempo tem de ser devagar? Que os pedaços de um momento são quantificados apenas pelo olhar?

Do tempo podemos falar! Dos momentos esses podemos nunca os conseguir alcançar! O tempo é de tempo não falar, para que nunca nos inunda com os ponteiros de uma vida que pode nunca chegar!

Para viver, para amar, o tempo pouco nos pode ajudar, é fora de um segundo que todos os segundos podem nos impressionar, naquele cumprimento em que o tempo nos pode deixar amar!

domingo, 11 de maio de 2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Madonna - Human Nature

Express yourself, don't repress yourself...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Corpo iluminado




























Tatuei a tua imagem no vento para que o mundo se inunda-se com o teu perfume

Desenhei o teu nome no bosque da minha alma para que as folhas do momento não se dissipassem na escuridão do opúsculo

Cantei aos mares o teu toque para que quando me banha-se, todo o Universo senti-se o infinito da tua mão

Dancei no fogo o meu sentimento para que as labaredas de um desejo cicatriza-se as feridas de todas as lágrimas do mundo

Deitei-me na Terra incandescente para a imortalizar o consentimento de uma vida que não requer uma palavra apenas o silêncio doado no deserto de nós

segunda-feira, 28 de abril de 2008

I give you my wings so you can fly away...














Doavas as tuas asas a alguém para que esse alguém pudesse voar?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Deitada num campo de Girassois
















Eles é que sabem viver! Só olham para onde a Luz se sente...pedaços de abençoados que renascem no calor de um sol, que os acaricia em todas as suas pétalas... não temem...doam-se, porque sabem que cada um deles é um, distinto, de todos aqueles que os circunscrevem...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A eterna escolha do meu ser...


















Adoro escolher caminhos... perder-me por entre os rasgos de poucas folhas que sempre balançam ao sabor do vento...

Adoro percorrer os caminhos que me fazem viajar para o desconhecido que ainda não se deu...

Adoro sentir os meus pés a flutuarem no mar da saudade por ter deixado o primeiro passo já onde eu não estou...

Adoro encruzilhadas...bilateralidades vivas que fazem sempre puxar cada vez mais por mim...

Caminho pelo labirito com o intuito não de chegar ao fim...mas sim de o conhecer na sua essencialidade paradoxal...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

a cigana do corte maltese...




















Se não tiveres a linha da sorte traçada...traça-a tu de maneira que toque naquela que representa o teu coração...

terça-feira, 1 de abril de 2008

O essencial e invisivel aos olhos...














"- Ando à procura de amigos. O que é que "estar preso" quer dizer?
- É uma coisa que toda a gente se esqueceu - disse a raposa
- Quer dizer que se esta ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa.
- Ora vê: por enquanto, para mim, tu nao és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, também passo a ser unica no mundo...
- Parece-me que estou a comecar a perceber - disse o principezinho.
- Sabes, há uma certa flor... tenho a impressão que estou preso a ela...
- É bem possivel - disse a raposa.
(...)
Mas a raposa voltou a insistir na sua ideia:
- Tenho uma vida terrivelmente monotona. Eu, caço galinhas e os homens caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas as outras e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, as vezes aborreço-me um bocado. Mas, se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de Sol. Fico a conhecer uns passos diferentes de todos os outros passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hao-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estas a ver, ali a diante, aqules campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve para nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar de nada. E á uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da côr do ouro. Então, quando estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo e dourado, ha-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo..."
A raposa calou-se e ficou a olhar muito tempo para o principezinho.
- Por favor... Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.
- Eu bem gostava - respondeu o principezinho - mas nao tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...
- Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa. - Os homens, agora, ja não tem tempo para conhecer nada. Compram as coisas ja feitas nos vendedores. Mas como não ha vendedores de amigos, os homens ja não tem amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!
- E o que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- E preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocado afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo a mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, as quatro horas, as tres, ja eu comeco a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. as quatro em ponto ja hei-de estar toda agitada e inquieta: e o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas e que hei-de começar a arranjar o meu coracão, a vesti-lo, a pô-lo bonito... Sao precisos rituais.
- O que é um ritual? - Perguntou o principezinho.
- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu - Respondeu a raposa. - e o que faz com que o dia seja diferente dos outros dias e uma hora, diferente das outras horas.
(...)
Foi assim que o principezinho prendeu a si a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa
- Ai que me vou por a chorar...
- A culpa é tua - disse o principezinho. - Eu bem nao queria que te acontecesse mal nenhum, mas tu quiseste que eu te prendesse a mim...
- Pois quis - disse a raposa.
- Mas agora vais-te pôr a chorar! - disse o principezinho.
- Pois vou - disse a raposa.
- Entao não ganhaste nada com isso!
- Ai isso e que ganhei! - disse a raposa.
- Por causa da côr do trigo... Depois acrescentou: - Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua e única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo.
O principezinho lá foi ver as rosas outra vez.
- Voces não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada - disse-lhes ele.
- Não ha ninguém preso a vocês e vocês não estão presas a ninguém. Vocês são como a minha raposa era. Era uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e, agora ela á única no mundo.
E as rosas ficaram bastante incomodadas
- Vocês são bonitas mas vazias - ainda lhes disse o principezinho.
- Não se pode morrer por vocês. Claro que, para um trauseunte qualquer, a minha rosa e perfeitamente igual a vocês. Mas, sozinha, vale mais do que vocês todas juntas, porque foi a ela que eu reguei. Porque foi a ela que eu pus debaixo de uma redoma. Porque foi a ela que eu abriguei com o biombo. Porque foi a ela que eu matei as lagartas ( menos duas ou três por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até as vezes calar-se. Porque ela é a minha rosa.
E então, voltou para ao pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa.
- Vou-te contar o tal segredo. é muito simples: só se vê bem com o coracão. O essencial e invisível para os olhos...
- O essencial e invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais esquecer.
- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tao importante.
- Foi o tempo que perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho para nunca mais esquecer. - Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa.
- Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...
- Sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho para nunca mais esquecer.

O Principezinho de Saint-Exupery, Antoine

segunda-feira, 31 de março de 2008

Flor

























A luz de uma flor propaga-se pela boa aventurança de um tempo que se quer dar. A dádiva da sua vida é a possibilidade de ela cumprir o que de mais raro e precioso a sua essência personifica.
Crescer em si, multiplicar-se nas suas cores, nas suas formas, e dirigir-se sempre para onde o sol se sente com o seu calor.
Plantada no meio de tantas ou poucas, ela vive porque mais alta quer ser em todos os instantes, as suas folhas derivam num vento que a acaricia num momento em que a sua vida irradia a distância de todas as outras, porque ela é o que as outras também serão: Girassol

quarta-feira, 26 de março de 2008

Paciencia - Lenine

faz bem à alma...

O vento na minha alma....






"E se um dia ou uma noite um demónio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demónio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!"
Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"»
Friedrich Nietzsche, in Gaia e Ciência

terça-feira, 25 de março de 2008

Estrada














Meu amor
Não quero mais palavras rasgadas
Nem o tempo
Cheio de pedaços de nada
Não me dês
Sentidos para chegar ao fim
Meu amor
Só quero ser feliz


Meu amor
Não quero mais razões para apagar
O que nasce
E renasce e nos faz acordar
A loucura faz medo se for medo o teu chão
Mas é ar e é terra
Dentro do coração
É ar e é terra dentro do coração


Meu amor
Não quero mais silêncio escondido
Nem a dor
Do que cai em cada gesto ferido
Quero janelas abertas
E o sol a entrar
Quero o mundo inteiro
Dentro do teu olhar
Eu quero o mundo inteiro
Dentro do teu olhar


E hoje, vê
A estrada é feita para seguir
E hoje, sente
A vida feita de sentir
E hoje vira do avesso o mundo
E vê melhor
Deste lado é mais puro
É teu
É tão maior
Deste lado é mais puro... É meu... É tão maior

Mafalda Veiga

segunda-feira, 24 de março de 2008

Três dias de Primavera e o Vento sopra...

















Passaram três dias...o número perfeito da sequência de todos os números.
Há quem diga que é ele que nos faz voar mais alto...
Entre a Páscoa e o fim dela, o vento soprou entre os ramos das árvores, o barulho do mar e o cheiro das estevas entranhou-se na minha alma.
Os meus pés tocaram na terra divina que não pode ser de ninguém e devagarinho...muito devagarinho o sol apareceu lá no fundo do horizonte, com ele uniram-se os três elementos: terra, água e vento...muito vento! Uma ventania que inundou o fado da minha viagem.
Os Deuses nestes dias andaram de mãos dadas, e com eles a imensidão de cada um, devolveu-se na metereologia de um tempo que ajudou a encontros apenas "topados" por nós. Um equilibrado excesso venceu e graças a deus VIVEU-SE!!!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Escrevi o teu nome no Vento...















Escrevi teu nome no vento
Convencido que o escrevia

Na folha dum esquecimento
Que no vento se perdia


Ao vê-lo seguir envolto
Na poeira do caminho

Julguei meu coração solto
Dos elos do teu carinho


Pobre de mim não pensava
Que tal e qual como eu

O vento se apaixonava
Por este nome que é teu


Em vez de ir longe levá-lo
Longe, onde o tempo lhes passa

Anda contente a gritá-lo
Onde passa e a quem passa


E quando o vento se agita
Agita-se o meu tormento

Quero esquecer-te acredita
Mas cada vez há mais vento

Fado Carriche